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Diácono Rubens Filho é ordenado sacerdote para o serviço da Igreja de Rubiataba-Mozarlândia

Em sua homilia, Dom Agamenilton afirmou que ordena novo padre para que ele doe a sua vida pelos irmãos

No domingo, 8 de setembro, festa da natividade de Nossa Senhora, a Diocese de Rubiataba-Mozarlândia ordenou o Diácono Rubens Galdino de Souza Filho, sacerdote para o serviço da Igreja, sob a imposição das mãos e oração consecratória do seu bispo diocesano, Dom Agamenilton Damascena. A celebração aconteceu na Concatedral Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Mozarlândia (GO).

O rito de ordenação teve início após a leitura do Evangelho com a eleição do candidato. Neste momento houve um diálogo entre o reitor do seminário e o bispo no qual aquele pediu a esse que o diácono fosse ordenado presbítero. O bispo interrogou o padre reitor querendo saber se o candidato é digno de tal ministério e o reitor respondeu ao bispo que, “tendo interrogado o povo de Deus e a equipe de formação, o diácono foi considerado digno do ministério”.


Após a eleição do Diácono Rubens, Dom Agamenilton proferiu sua a homilia. Ele começou lembrando do tema do Mês Missionário de agosto deste ano: “Estamos reunidos como em sinfonia vocacional na qual os instrumentos são o bispo, o ainda diácono, padres, religiosas, consagradas seculares, leigos e leigas, solteiros e casados para participarmos da ordenação presbiteral do Diácono Rubens”, afirmou. O bispo agradeceu a Deus e aos pais do ordenando afirmando que “Jesus institui o sacerdócio ministerial para que homens pudessem ser sinais visíveis de sua vida dada por nós, o Bom Pastor. Demos graças a Deus pelo dom que ele nos faz na pessoa do Diácono Rubens Galdino de Souza Filho. A diocese agradece imensamente a senhora Elivane e ao senhor Rubens, os pais do ordenando, pelo filho que oferecem à Igreja”.


Dom Agamenilton fez ainda agradecimentos ao irmão, familiares, padrinhos e madrinhas de batismo e crisma, seus catequistas, amigos, professores, benfeitores, agentes de pastoral vocacional, religiosas, padres, formadores do Seminário São João Maria Vianney, e bispos. Ele destacou, de modo especial a comunidade de Santa Luzia, em Matrinchã, paróquia de origem do ordenando. O bispo enfatizou ainda que o novo padre é um homem tirado do meio do povo para ser sinal visível das graças invisíveis de Deus que são os sacramentos da Igreja. Ele lembrou que a partir dali começaria a missão do novo sacerdote, já que os 28 anos da sua vida até agora não são suficientes para estar completamente formado para o ministério, isto é, a formação é contínua. “Hoje, eu lhe concedo poder espiritual e não a santidade. Por isso permaneça aberto à contínua formação que lhe conduz à estatura de Cristo”.


Continuando a sua homilia, o bispo disse olhando ao ordenando e diante da multidão que assistia e participava da ordenação, que ele confiava ao novo sacerdote o corpo de Cristo e não as riquezas da terra. “Caro Diácono Rubens, hoje eu não lhe confio bois, soja, cana de açúcar, ouro, eu lhe confio o corpo de Cristo”. E pediu a ajuda do novo padre para continuar a missão de Cristo na Diocese de Rubiataba-Mozarlândia. “Caro filho, como aconteceu com os demais padres, os seus irmãos daqui para frente, associo-lhe ao ministério episcopal como o meu cooperador, ajude-me a cuidar e a servir o Corpo de Cristo, que é a Igreja, a Diocese de Rubiataba-Mozarlândia, mediante o ensinar, santificar, enviar. Confio-lhe Diácono Rubens, a presidência da eucaristia, o memorial da Páscoa do Senhor, celebre-a com fé e devoção ao concluir os sagrados ritos seja a sua vida a celebrá-los na atenção às pessoas, no respeito a elas, na escuta, na acolhida, perdão, instrução, defesa, e promoção da vida, especialmente dos mais pobres. Jesus nos recordou no evangelho ‘o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas’. O bom pai ou a boa mãe, o bom filho ou algum coordenador de algum grupo da Igreja, dá a vida pelos seus. O padre e o bispo, na condição de figura do bom pastor, devem fazer o mesmo para que o seu povo viva”, completou.


Após a homilia, a celebração continuou com o momento dos propósitos e da promessa do eleito. Isso ocorre por meio de um diálogo do bispo com o eleito que confirmou, diante do povo de Deus, a sua livre vontade de assumir o ministério presbiteral. O final desse diálogo aconteceu com o ordenando ajoelhado diante do bispo, prometendo a ele e a seus sucessores respeito e obediência. Depois de as promessas sacerdotais serem feitas, o bispo convidou todos os presentes a cantar a Ladainha de Todos os Santos, pedindo que Deus os conceda a abundância dos dons celestes a esse seu servo para o Ministério Presbiteral.


A última parte do Rito de Ordenação apresentou alguns símbolos, ricos em significado e que indicam o ministério da Ordem. Terminada a Prece de Ordenação, o Diácono Rubens, com o auxílio do Mons. Vanildo e do Pe. Bruno Correia, foi revestido com a estola sacerdotal e a casula. Em seguida, de joelhos, a palma das mãos do ordenado foi ungida pelo bispo com o Óleo do Santo Crisma e as mãos foram amarradas. Sua mãe as desamarrou e as beijou. Os pais foram os primeiros a receber a primeira bênção do neosacerdote. Prosseguindo, o Pe. Rubens recebeu a oferenda do povo de Deus para o Santo Sacrifício e foi acolhido pelo bispo e o presbitério da diocese. Logo depois a Santa Missa continuou normalmente conforme o rito próprio.

Agradecimentos e Primeira Missão
Após a celebração, o novo padre recebeu homenagens e ele fez os agradecimentos a todos aqueles que fizeram parte da sua caminhada vocacional. Foi um momento de emoção para o novo padre. Por fim, Dom Agamenilton, antes da bênção final, anunciou a primeira missão do Pe. Rubens: vigário paroquial da Paróquia Santo Antônio de Pádua, de Nova Crixás, onde ele já está atuando como diácono cooperador.

Leia abaixo a homilia na íntegra.


Estamos reunidos como em sinfonia vocacional na qual os instrumentos são o bispo o ainda diácono, padres, religiosas, consagradas seculares, leigos e leigas, solteiros e casados para participarmos da ordenação presbiteral do Diácono Rubens. Ela acontece dentro da missa, memorial da Páscoa do Senhor, a morte e ressurreição de Jesus Cristo. “Fazei isto em memória de mim”. É desse mistério que nascem os sacramentos, sinais visíveis da graça invisível. É o caso do sacramento da Ordem em seu segundo grau, o presbiterado.

Na Última Ceia, Jesus instituiu o sacerdócio ministerial para que homens pudessem ser sinais visíveis de sua vida dada por nós, o Bom Pastor. Demos graças a Deus pelo dom que ele nos faz na pessoa do Diácono Rubens Galdino de Souza Filho. A diocese agradece imensamente a senhora Elivane e ao senhor Rubens, os pais do ordenando, pelo filho que oferecem à Igreja. Igualmente a nossa gratidão ao irmão, familiares, padrinhos e madrinhas de batismo e crisma, seus catequistas, amigos, professores, benfeitores, agentes de pastoral vocacional, religiosas, padres, formadores do Seminário São João Maria Vianney, e bispos. Obrigado a todos os diocesanos por sua participação na formação dos sacerdotes.

Quero destacar os queridos paroquianos de Santa Luzia, em Matrinchã. É do meio de vocês irmãos, que sai o Pe. Rubens. Vocês transmitiram a este jovem a beleza de Deus e de viver em comunidade, ele enxergou no testemunho de padres e religiosas, e de leigos e leigas matrinchaenses, o amor de Deus que o atraiu e o fez deixar tudo pelo seu reino. Aquele rapaz entendeu que valia a pena. Ei-lo aqui, o menino sapeca, travesso, danado, ei-lo aqui. Obrigado, paroquianos de Santa Luzia por nos entregar este filho. Prossigam atraindo corações para Deus e que de Matrinchã venham mais padres, religiosas e famílias, segundo o projeto de Deus.

Estou para ordenar sacerdote o nosso irmão Rubens. Quem é o sacerdote? O texto bíblico da segunda leitura, Carta aos Hebreus nos respondeu. É um homem tirado do meio do povo, escolhido e constituído por Deus em favor do mesmo povo nas coisas que se referem a Deus. É uma pessoa frágil, pecadora e compassiva para com os seus irmãos também pecadores. É desse sacerdote que a Igreja e a humanidade necessitam. Por isso, os bispos latino-americanos e caribenhos apontaram na Conferência de Aparecida em 2007: “O presbítero, à imagem do Bom Pastor, é chamado a ser misericordioso e compassivo, próximo do seu povo e servidor de todos, especialmente dos que sofrem grandes necessidades”. O mistério da vocação sacerdotal ultrapassa o jovem vocacionado. Recordemos a expressão de Jeremias: ah Senhor Deus, eu não sei falar, sou muito novo”. Aqui constatamos a experiência da desproporcional entre aquele que foi chamado e aquele que chama, bem como a missão recebida. É dramático! A pessoa sente medo, angústia, vontade de desistir, medo de não conseguir. Embora se sinta tudo isso, é melhor que seja assim. À medida que o padre avança nos anos de ministério, ele percebe claramente que a obra não é dele tampouco o mérito. A soberba e o orgulho não ganham espaço e o padre dá glória apenas a Deus, a obra é Dele.

Queridos irmão e irmãs, na vida cristã, o primado é de Deus. A santidade não é resultado do seguimento de determinadas normas ou ser fiel a um determinado estilo católico, é dom de Deus cujo amor derramado em nossos corações nos põem em movimento oblativo. Não demos espaço ao neopelagianismo. O primado é de Deus. Diácono Rubens, foram necessários 28 anos para você chegar aqui. As quase três décadas, foram suficientes para Deus lhe formar? Não foram. Os 28 anos bastaram para você começar a missão. Deus quer levar a comprimento a obra iniciada.

Hoje, eu lhe concedo poder espiritual e não a santidade. Por isso permaneça aberto à contínua formação que lhe conduz à estatura de Cristo. Bem disse São João Crisóstomo, “quando o homem recebe honras superiores aos seus merecimentos, não deve servisse delas para desculpar as suas faltas, cumpre-lhe ao contrário usar dos favores divinos para se adiantar o mais possível nas virtudes”. Caro Diácono Rubens, hoje eu não lhe confio bois, soja, cana de açúcar, ouro, eu lhe confio o corpo de Cristo. Caro filho, como aconteceu com os demais padres, os seus irmãos daqui para frente, associo-lhe ao ministério episcopal como o meu cooperador, ajude-me a cuidar e a servir o Corpo de Cristo, que é a Igreja, a Diocese de Rubiataba-Mozarlândia, mediante o ensinar, santificar, enviar. Confio-lhe Diácono Rubens, a presidência da eucaristia, o memorial da Páscoa do Senhor, celebre-a com fé e devoção ao concluir os sagrados ritos seja a sua vida a celebrá-los na atenção às pessoas, no respeito a elas, na escuta, na acolhida, perdão, instrução, defesa, e promoção da vida, especialmente dos mais pobres. Jesus nos recordou no evangelho: ‘O Bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas’. O bom pai ou a boa mãe, o bom filho ou algum coordenador de algum grupo da Igreja, dá a vida pelos seus. O padre e o bispo na condição de figura do bom pastor devem fazer o mesmo para que o seu povo viva. Queridos padres, esta é a sua missão, dá a sua vida às pessoas. Caro Diácono Rubens, nós nascemos padre dentro de uma missa como agora acontece, por isso nossa vida só tem sentido nessa perspectiva. Isto é o meu corpo, isto é o meu sangue dado por vós. Fora disso é uma contradição para o padre.

Querido irmão, Diácono Rubens, hoje eu lhe unjo e envio em missão para dar a sua vida pelos irmãos e não para encher de gente a Igreja e aumentar o dízimo da paróquia. Eu não lhe unjo para trazer um monte de gente para a igreja, eu lhe unjo para você perder a sua vida, dar a sua vida por esse monte de gente, o resto vem por acréscimo. Constituo-lhe para ser testemunha de Jesus O Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas. Ao presenciar essa ordenação, você diocesano, você da nossa Igreja particular Rubiataba-Mozarlândia, você deveria se perguntar ao testemunhar esta ordenação você deve se deixar ser provocado por ela e se perguntar: e eu, Deus me deu a vida por amor para que eu no mesmo amor a dê para alguém. Para quem dar a minha vida? A uma família, aos pecadores, aos pobres e desvalidos, pequenos e sofridos, encarcerados e sem sentido da vida, para quem dar a minha vida? A um cachorro, gato, papagaio, boi, porco, ou a um povo, o povo de Deus? Queridos irmãos e irmãs sejam quais forem as suas vocações e missão, coragem! Não diga sou muito novo. A todos que eu enviar irás e tudo o que eu te mandar dizer, dirás. Não tenha medo deles, pois estou contigo para defender-te. Confiantes nestas palavras ao estilo de Nossa Senhora da Glória cujo dia é dedicado ao seu nascimento, hoje é dedicado ao nascimento de Nossa Senhora, lançamos as redes das nossas vidas, pois aquele que nos chamou e nos enviou é fiel.

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