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“Os confins da Terra é a Amazônia” – Começa a Experiência Vocacional Missionária.

Uma Eucaristia presidida por Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira tem sido momento de envio dos 280 participantes da I Experiência Vocacional Missionária Nacional, que acontece na Arquidiocese de Manaus, na Diocese de Coari e na Prelazia de Itacoatiara de 5 a 17 de janeiro.

O Bispo da Prelazia de Itacoatiara, seguindo as palavras do Salmo 147: “Ele envia suas ordens para a terra e a palavra que ele diz corre veloz”, pedia “que a Palavra de Deus, por meio de nós, corra veloz sempre e de modo especial nesta atividade vocacional missionária”. Uma Palavra que “se fez Carne e habitou entre nós”, uma Palavra de deus Encarnada “que veio para nos Libertar do pecado e de suas desastrosas consequências em nossas vidas como pessoas, como igreja e como sociedade”.

Seguindo o Evangelho de Marcos, o Bispo fez ver que o texto “nos ajuda a perceber a consciência que João Batista tinha de que ele não era o mais importante. Que o mais importante era Jesus!”. Daí ele fez um chamado a “sempre ter esta consciência: eu não sou o mais importante; o mais importante é Jesus”, e ter isso presente nestes dias de Missão. Uma Missão que, “a partir de nossa vocação, é continuar a Missão de Jesus”. Isso aparece, lembrou o Bispo, na temática desta iniciativa: Como o Pai me enviou eu envio vocês (pés a caminho); recebam o Espírito Santo (enviados pelo Espírito).

A Missão é única: “dar testemunho de Jesus”, insistiu Dom Ionilton, que recordou que Jesus disse: “Vocês receberão a força do alto para serem minhas testemunhas até os confins da terra”, o que se traduz “naquele lugar que a Igreja nos confia a missão”, afirmando que “nestes dias para nós que vamos fazer experiencia vocacional missionária, os confins da terra é a Amazônia”.

Uma missão que segundo o Bispo da Prelazia de Itacoatiara tem que ser: intensa, andante, indo e vindo; universal, para todas as pessoas, vocês são irmãos; preferencial, dirigia-se especialmente aos “invisíveis”: indígenas, negros, migrantes, crianças, jovens, mulheres, pobres, enfermos, idosos, aqueles e aquelas que não poderão nos dar uma recompensa, que será dada pelo Pai; sinodal: caminhar com, ouvir, falar; profética: anunciar e denunciar; serviçal: estou no meio de vós como aquele que serve; samaritana: andava, via, parava, tinha compaixão, ajudava.

Dom Ionilton colocou como inspiradores da missão o ardor missionário de Paulo, Maria e os Pastores, que “foram às pressas, enfrentaram desafios e realizaram a missão”. Ele lembrou as palavras do Papa Francisco na homilia da Noite do Natal, quando fez a proposta de refletir sobre a manjedoura, que nos fala de proximidade, pobreza e concretude. São Palavras que o Bispo diz poder aplicar à Missão.

Proximidade, afirmando que “Jesus se fez próximo de nós na encarnação, no seu nascimento”, e que “na missão precisamos nos fazer próximos das pessoas”. Pobreza, pois “Jesus nasceu pobre, em um curral de animais, rejeitado pela cidade, foi envolvido em uma faixa de pano”, o que faz com que “na missão precisamos ser simples, sóbrios, humildes”. Concretude, na medida em que “Deus nos amou concretamente quando nos enviou seu Filho para nos salvar”, o que o levou a insistir em que “na missão precisamos amar de forma real, não apenas com palavras, mas em atos, concretamente”.

Uma missão que acontece na Querida Amazônia, e que deve servir “para confirmar ou suscitar em nós o ardor missionário”, destacou Dom Ionilton. Segundo ele, “Cristo é missão, a Igreja é missão, nós somos missão”. Também ser oportunidade “para a gente crescer na consciência sobre a importância de se defender o bioma Amazônia, os povos indígenas, os ribeirinhos, os pescadores, os quilombolas, os pequenos os moradores das vilas e das cidades”. Uma oportunidade para repetir às pessoas que os missionários e missionárias irão encontrar, as palavras do Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Sílvio Almeida: “vocês existem e são valiosos para nós”.